Envio de denunciaPreencha o formulário abaixo para enviar sua denuncia. |
Em meio a uma pandemia, a Prefeitura de Belo Horizonte surpreende a categoria médica com um presente de grego às vésperas do Natal: a votação, em 1º turno, na Câmara Municipal, dia 9 dezembro, do substitutivo do Projeto de Lei 961/2020, que trata do aumento das contribuições previdenciárias dos servidores, bem como do reajuste a aposentados e pensionistas vinculados ao RPPS.
Enviado, na calada da noite, pelo Executivo à Câmara Municipal, dia 27 de novembro, o substitutivo propõe alíquota progressiva variando entre 11% e 19%. A resposta dos médicos é clara: “Nosso teto é 14%, não aceitamos nada além isso!”. A proposta de alíquota de até 19% trará grande impacto para os servidores. Também, segundo o sindicato, o substitutivo foi submetido pelo Executivo ao Legislativo sem possibilitar o debate das mudanças pretendidas, essencial à garantia dos direitos dos seus representados.
A notícia não poderia vir em pior hora, quando os médicos estão vivendo uma situação de grande desgaste, colocando a própria vida e de seus familiares em risco, para salvar outras, apesar de todas as dificuldades e mazelas do sistema de saúde.
Depois de uma década, quando a categoria amarga uma defasagem de mais de 20% em seus salários; um ano confuso e complicado quando a própria carreira do médico foi congelada, sem a possibilidade de progressão; a ação do governo é um desrespeito e uma traição. O desempenho e a dedicação dos profissionais da saúde, durante a pandemia, foi um dos fatores que levaram à reeleição do prefeito.
Diante da falta de sensibilidade dos gestores, em valorizar os servidores médicos do município, o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais tem uma assembleia convocada, com indicativo de greve, para a próxima quinta-feira, dia 10/dezembro. A decisão está nas mãos do Prefeito e da Câmara.
Sinmed-MG, 4 de dezembro de 2020