Envio de denuncia

Preencha o formulário abaixo para enviar sua denuncia.



    ...

    (31) 3241-2811
    Home Notícias ENTREVISTA: o pediatra Yuri Figueire...

    ENTREVISTA: o pediatra Yuri Figueiredo fala da experiência de ter sido infectado pelo vírus e sua preocupação com a exaustão dos médicos

    Yuri da Silva Figueiredo, nosso entrevistado, é pediatra da equipe da Santa Casa, plantonista da enfermaria, plantonista do PA infantil do Hospital São Lucas, plantonista da pediatria da UPA Nordeste e diretor-presidente da SantaCoopBH. Durante suas atividades, ele acabou sendo infectado pela COVID-19, agora em dezembro. Relata aqui um pouco dessa experiência e a preocupação com o adoecimento dos profissionais da saúde.

    Trabalhando nos serviços de urgência e pronto atendimento, o  sr. acabou sendo infectado pela COVID-19, agora em dezembro. Como está sendo essa experiência? Isso modificou a sua maneira de enxergar seus pacientes e a doença?

    É uma experiência assustadora e tensa. Febre, mialgia intensa, cefaléia e vigiando a respiração para saber se iria piorar e precisar ser internado. Desde o início respeitei a doença e fiz uso dos EPIs e das recomendações, mas não foi suficiente. Agora entendo melhor os pacientes que têm medo da doença.

    As unidades de saúde estão vivendo um momento complicado com o aumento do número de casos. Como têm sido esses dias?

    Na pediatria, houve um aumento dos casos mais graves neste último mês. Mas o grande volume de pacientes suspeitos são adultos. A dificuldade que tenho visto são pacientes com outras doenças que precisam ser internados e os leitos COVID acabaram sendo em maior número, deixando outras doenças em espera nas UPAs. Também me preocupa muito a exaustão dos médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem. O serviço é pesado e os desfalques das equipes são uma constante.

    Que recado o sr. enviaria para os médicos, neste momento quando sabemos que o número de profissionais da saúde infectados também aumentou muito?

    Aguentem firme. Não esmoreçam. Temos que continuar na linha de frente cuidando de quem nos pede socorro. A vacina está chegando. Em breve poderemos ter uma vida melhor.

    E, para a população?

    Continuem respeitando o isolamento social, as orientações dos órgãos de saúde para não colocar em risco a vida das pessoas próximas que a gente ama.