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    Fim de semana de 7 e 8 de maio caótico na saúde pública de BH: sem pediatras nas UPAs traz caos com reflexos negativos no atendimento às crianças. Situação também é constante nos hospitais do estado

    Publicado em 7 de maio/22.

    O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) alerta à imprensa e sociedade: este final de semana, de 7 e 8 de maio, as escalas de pediatria em todas as UPAs de Belo Horizonte estão incompletas e em muitos plantões estarão até sem profissionais para atender as crianças.

    A informação é verídica e causa grande preocupação ao Sinmed-MG nesse momento de intensa demanda de atendimento de crianças nas unidades de saúde, principalmente com crescentes casos de doenças respiratórias.  E os gestores nada fazem para mudar esse cenário caótico!

    Há tempos em que Sinmed-MG vem alertando gestores da PBH, vereadores e governo do estado para a grave crise que acomete os serviços de urgência em pediatria, não apenas em Belo Horizonte mas em hospital do estado. E infelizmente, não há propostas efetivas para que essa situação mude o quanto antes.

    O Sinmed-MG tem alertado também sobre as condições assistenciais precárias gerando risco aos profissionais e pacientes, a falta de segurança nos serviços, a defasagem das remunerações, a falta de concursos públicos e planos de carreira, as terceirizações irresponsáveis que levam à precarização dos vínculos de trabalho e está claro que a solução não poderá passar por mais contratações emergenciais e transitórias.

    Recentemente, em abril, a crise no estado culminou com a recente situação extrema de fechamento do Pronto Atendimento do Hospital Infantil João Paulo II, maior hospital pediátrico do Estado, no mesmo dia em que apenas 3 das 7 UPAs de BH contavam com pediatras na escala.

    São muitas as denúncias recebidas neste sindicato e frequentes as imagens veiculadas na imprensa de plantões incompletos ou descobertos, profissionais sobrecarregados e, o mais grave, crianças desassistidas ou aguardando por muitas horas na fila por atendimento. A situação se repete nos serviços estaduais e municipais da Região Metropolitana e interior.
    Há graves problemas também nas especialidades pediátricas e crianças com doenças raras chegam a esperar 10 meses por um agendamento, com risco de agravar o quadro, o que pode aumentar a pressão sobre os serviços de urgência.

    O número de profissionais no mercado não sofreu redução, tampouco diminuiu o número de vagas em residências em pediatria. Há que se discutir porque as condições de trabalho não atraem nem retém profissionais.

    Não faltam pediatras, falta vontade política para fazer os investimentos que podem prover condições adequadas à assistência pediátrica a nossas crianças. Precisamos de urgente solução para esse caos não apenas no final de semana, mas também em todos os outros plantões nas UPAs e Hospital João Paulo II.