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    INTERIOR NA ROTA DA COVID-19: COMO ESTÁ A SITUAÇÃO EM PATOS DE MINAS?

    10 de julho/2020——– O diretor técnico da UPA Patos de Minas, Élcio Moreira Alves, fala sobre o aumento do número de casos no município, o enfrentamento à COVID-19 e as dificuldades dos profissionais de saúde.

     “No início da pandemia em Patos de Minas o cenário estava tranqüilo, com casos isolados, sem uma circulação comunitária do vírus. No entanto, nas últimas duas, três semanas, houve um aumento exponencial do número de casos, sobretudo dos casos graves. Até este momento (8/julho) são 676 casos confirmados, 52 pacientes internados, 18 pacientes em UTIs, sete óbitos confirmados e quatro em investigação.

    Em 22 de junho, a Prefeitura inaugurou, anexo à UPA, o “Centro de atendimento para enfrentamento à COVID-19”, uma área isolada para atendimento dos pacientes com síndrome gripal. Hoje, o centro está atendendo de 150 a 200 pacientes por dia. Também aumentou muito o número de pacientes que necessitam de hospitalização para oxigênio terapia e ventilação mecânica.

    O centro de atendimento da UPA conta com cinco leitos de estabilização e, quando necessário, fazemos o encaminhamento para os leitos de terapia intensiva do Hospital Regional Antônio Dias, credenciado pela rede Fhemig. Na nossa macrorregião, são 10 leitos conveniados pelo SUS.   Além desses, está em fase final de estruturação um hospital de campanha com 30 leitos clínicos e 4 leitos de estabilização.

    Hoje a nossa maior dificuldade é no referenciamento dos pacientes clínicos, em geral idosos que demandam muito cuidado.  São pacientes que têm uma necessidade de monitorização hospitalar, que não ficam com acompanhantes, portanto dependem muito da nossa equipe de enfermagem. Esperamos ter esse problema solucionado com a inauguração do hospital de campanhas, prevista para daqui duas semanas, com 30 leitos clínicos.

    Obviamente também temos dificuldades em referenciar os pacientes críticos que necessitam de terapia intensiva, mas, na maioria das vezes, conseguimos dar vazão a essa demanda, mesmo que alguns pacientes tenham que esperar de um a dois dias pela vaga na UTI.

     Outra grande dificuldade que estamos enfrentando em Patos de Minas em relação às equipes assistenciais, embora os EPIs tenham sido disponibilizados, é o grande número de profissionais da linha de frente infectados tanto na rede pública como privada – médicos enfermeiros, técnicos de enfermagem. Esse número também aumentou assustadoramente nas últimas duas, três semanas, desfalcando as equipes.

    Para conter o número de casos, a Prefeitura tem insistido numa atitude preventiva. Aqui, o comércio segue fechado e temos estimulado a questão do distanciamento social. Não adianta ter centenas de leitos de UTIs. Eles nunca serão suficientes, se as pessoas não se conscientizarem sobre a importância de prevenção. Acreditamos que aí está a chave para controlarmos a evolução da doença”.