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    Na rota da Covid: “Estamos completamente sem vagas de UTI em Itabira”

    Publicado em 4 de março/2021.

    Em virtude do crescimento dos casos da COVID-19 ocorridos na semana de 1 a 6 de março, no município,  o Boletim COVID faz uma atualização da entrevista  realizada no início de fevereiro e publicada no dia 4/março com a Dra Janice Aurora Bellavinha Thomazi, médica otorrinolaringologista e presidente da Associação Médica de Itabira.

    Qual a realidade da pandemia hoje em Itabira?

    Estamos completamente sem vagas de UTI, o que levou a Prefeitura a decretar lockdown, ontem dia 5 de março.  São quase 9.200 casos e 79 óbitos (segundo último boletim divulgado pela SES), e a situação piora a cada dia.

    Qual a estrutura dos serviços locais para acolher a demanda?

    O município conta com dois hospitais, um deles municipal com atendimento só pelo SUS, e o outro SUS e privado. Vale lembrar que Itabira é cidade-polo, referência para os municípios de Santa Maria de Itabira, Ferros, Passabem, Itambé, São Gonçalo do Rio Abaixo, Bom Jesus do Amparo, e outros com demanda menor. E isso acaba sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde.

    Qual o envolvimento da população e das lideranças locais com os cuidados preventivos?

    Como em todo o país, a maioria não respeita as normas deprevenção. Não usam a máscara adequadamente, a não ser em ambientes onde não conseguem entrar sem ela. Insistem em desrespeitar as orientações para não  aglomerar. Bancos e lotéricas têm sempre filas enormes, os pontos de ônibus sempre lotados. Diante desse quadro a Prefeitura local acabou de decretar lockdown.

    A sra já foi vacinada? Como está esse processo em Itabira?

     Apesar  dos meus 66 anos e de ser  otorrinolaringologista, especialidade de alto risco, e da qual não me afastei em nenhum momento da pandemia, a rede de saúde privada, infelizmente, não foi contemplada com a vacina num primeiro momento em Itabira.
    Isso só aconteceu em 11 de fevereiro, quando eu e outros médicos da rede privada com idade acima de 45 anos receberam a primeira dose, mas infelizmente chegou tarde, pois no momento estou COVID positiva, afastada, mas passando bem. Já a vacinação dos médicos com menos de 45 anos, da rede privada, foi iniciada em 1º de março.

    Quais os impactos da pandemia sobre os profissionais médicos da rede de saúde?

    A pandemia acarretou uma mudança substancial na vida pessoal e profissional dos médicos em Itabira. No início, o medo, a insegurança, a retração do movimento de clientes. Em seguida, fomos com medo mesmo, e a vontade de contribuir, inerente ao espírito da classe. No momento, seguimos confiantes de que a vacina permitirá a nós, médicos, continuar nossa luta pela saúde dos nossos pacientes.