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Publicado em: 20/01/2022
No dia 14/01/2022, o SINMED-MG encaminhou notificação à Prefeitura de Belo Horizonte pautada na necessidade de médicos nos serviços de urgência e emergência do Município em razão da sobrecarga de demandas na saúde pública, causada pelo surto do vírus influenza H3N2 e pela reagudização da pandemia de COVID-19.
A notificação foi motivada pela sinalização do próprio Secretário de Saúde da Capital, Sr. Jackson Machado, relativa ao déficit de 636 médicos na rede pública de saúde municipal, conforme publicado na imprensa. Afirmou, ele próprio, que faria homologação de concurso público para convocação de mais profissionais para a atuação necessária:
Assim, o documento do SINMED-MG corroborou os argumentos e apoiou a proposta do secretário:
A entidade reforça que a medida imposta seria a celeridade na convocação de todos os médicos aprovados no último concurso público realizado pela municipalidade: Todavia, ao receber a Notificação, a Prefeitura de Belo Horizonte curiosamente parece ter mudado de ideia. Foi dito publicamente que o SINMED-MG fez “uso político” da pandemia, tem desconhecimento jurídico sobre os prazos do edital do último concurso e que o sindicato deveria “fornecer auxílio”, conforme divulgado na imprensa.
Exmo. Prefeito, fornecer auxílio foi exatamente o objetivo na Notificação Extrajudicial encaminhada à PBH em 14/01/2022. O papel social do SINMED-MG, durante a pandemia e a qualquer tempo, é atuar firmemente pela melhor assistência à população e pelas condições adequadas de trabalho para os profissionais que se colocam na linha de frente, arriscando sua própria saúde.
Além disso, Exmo. Prefeito, o SINMED-MG não solicitou a desconsideração de nenhum dos procedimentos necessários para o chamamento dos médicos aprovados no concurso, mas sim uma maior celeridade dos processos previstos no edital. Causa estranheza a fala sobre desconhecimento jurídico, uma agressão gratuita que nos autoriza a suspeitar da sua capacidade de interpretação de texto ou mesmo da inexistência de resposta adequada a dar à sociedade.
É ainda intrigante a imagem do gestor de políticas públicas, do ocupante de cargo público eletivo, que usa de forma pejorativa o termo “fazer política”. Obviamente uma bravata, algo totalmente descabido em um momento grave como o atual.
O SINMED-MG lamenta a reação desagradável da gestão Kalil diante de um interlocutor legítimo da sociedade, e lamenta ainda mais que subterfúgios discursivos sejam usados para escamotear o cerne do debate – o grave desfalque das escalas de atendimento, a falta de profissionais e a sobrecarga de trabalho nas unidades de saúde de BH. Este não é o tipo de resposta que a sociedade espera da gestão nesse momento, Kalil. O SINMED-MG continuará contribuindo e cumprindo o papel que lhe cabe; quanto a V. Exa., se não sabe o que fazer, por favor, assuma.