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    Novo alerta do Grupo Colaborativo dos Coordenadores de UTIs de Belo Horizonte

    Publicado em 31/3/2021

    O Grupo Colaborativo dos Coordenadores de UTIs de Belo Horizonte faz um levantamento semanal da disponibilidade e ocupação de leitos de UTI para pacientes com COVID-19 em 32 UTIs dos hospitais públicos e privados de Belo Horizonte desde 10 de abril do ano passado.

    Os dados desta semana (entre 24 a 31/03/21) mostram a segunda semana em situação de colapso por falta de vagas em UTI. Ainda existem várias dezenas de pacientes intubados nas UPAs, Salas de Emergência e enfermarias dos hospitais aguardando por uma vaga de UTI. Esse número cresceu novamente apesar do impressionante número de 101 novas vagas de terapia intensiva criados esta semana (253 leitos novos em duas semanas, 321 em 3 semanas e 402 em 4 semanas). Esse é um esforço silencioso que tem sido feito por todas as equipes de terapia intensiva com apoio muitas vezes voluntário de profissionais de outras especialidades para completar o quadro de pessoal, permitindo abrir leitos de UTI em blocos cirúrgicos e áreas de enfermaria.

    Batemos novos recordes destacando os 891 pacientes com COVID-19 em terapia intensiva (448 na rede pública e 443 na privada) e 772 pacientes em ventilação mecânica (também com recorde de 86,6% de pacientes em ventilação invasiva).

    A ocupação é de 98% por causa de 28 leitos recém desocupados e sendo preparados para pacientes que estão esperando.
    É preciso reconhecer e aplaudir o esforço dos colegas das emergências e das unidades de internação que continuam fazendo um esforço impressionante para manter estabilizados esses pacientes muito grave que aguardam a vaga de UTI em condições sub-ótimas, com equipes trabalhando com jornadas exaustivas e número excessivo de pacientes por profissional.

    Outro grave problema é o colapso secundário com várias salas de pronto atendimento de hospitais de referência sendo fechadas mesmo para as outras emergências médicas por não terem estrutura para atender a demanda também de pacientes não COVID pois toda a estrutura interna do Hospital estar saturada.

    Como as medidas de restrição urbana ainda não conseguiram reduzir a taxa de transmissão para abaixo de 1,0 (está e, 1,09 hoje) ainda é necessário aumentar o esforço da população nas medidas de isolamento social e de precaução individual, redobrando os cuidados durante os feriados da semana santa para que não ocorra novo aumento de casos, o que provocaria uma situação de colapso total, com pessoas morrendo desassistidas nas portas dos hospitais e das Unidades de Pronto Atendimento.

    Ainda temos que avançar muito no esforço de vacinação (hoje ainda com apenas 10% de cobertura de primeira dose em Belo Horizonte) até que o aumento do percentual de imunizados consiga compensar esse aumento de transmissibilidade notado pelas cepas atuais do vírus que estão circulando na cidade.

    Até lá, apenas as medidas preventivas de distanciamento, máscara e higiene de mãos podem reduzir o número de mortes por COVID e por outras doenças graves por falta de assistência médica adequada.

    Precisamos muito que todos se cuidem mais e melhor e se preocupem mais uns com os outros.