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    UFMG: atuando em várias frentes, a Universidade tem papel fundamental na luta contra o coronavírus e a favor da ciência

    Publicado em 16 de março/2021.

    Veja entrevista com a coordenadora do Comitê Permanente de Acompanhamento das Ações de Prevenção e Enfrentamento ao Novo Coronavírus da Universidade Federal de Minas Gerais e professora da Faculdade de Medicina, Cristina G. Alvim. Conheça também alguns dos  projetos realizados pela Faculdade de Medicina e outras unidades da UFMG.

    Desde março/2020, a Universidade Federal de Minas Gerais tem cumprido importante papel no combate à pandemia. Sua contribuição vai além dos projetos de ensino, pesquisa e extensão. Grande parte das ações está voltada para a comunidade, com foco principalmente na informação e prevenção.

    Uma das primeiras ações da Universidade foi instituir o Comitê Permanente de Acompanhamento das Ações de Prevenção e Enfrentamento do Novo Coronavírus, que se reúne regularmente desde o dia 10 de março de 2020, para analisar a situação epidemiológica do SARS-COV-2 em Belo Horizonte, atualizar-se sobre as evidências científicas e discutir as ações necessárias na UFMG. 

    VEJA ENTREVISTA COM CRISTINA G. ALVIM, PROFESSORA DA FACULDADE DE MEDICINA E COORDENADORA DO COMITÊ PERMANENTE DE ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO AO NOVO CORONAVÍRUS DA UFMG.


    Professora Cristina Alvim, coordenadora do comitê de acompanhamento das ações de enfrentamento à Covid da UFMG
      Crédito da foto: Júlia Duarte

    Como tem sido a atuação da Faculdade de Medicina diante do cenário da pandemia?

    Como parte de uma universidade pública, a Faculdade de Medicina desenvolve ações de ensino, pesquisa e extensão para o enfrentamento da pandemia.

    No ensino, buscamos adaptar nosso curso à situação que nos foi imposta pela pandemia, com atividades remotas e com retorno de atividades práticas clínicas assistenciais em setembro de 2020. Começamos pelos estudantes concluintes nos internatos em setembro de 2020 e em dezembro, retornamos as atividades clínicas a partir do quinto período, em diversos cenários (UPAS, hospitais, maternidades, unidades básicas de saúde).

    Na extensão foram desenvolvidos vários projetos em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, com atividades de educação para a população, para profissionais de saúde, de teleconsulta e telemonitoramento. Foram realizados diversos eventos online de atualização e formação continuada, e que ficam disponíveis gratuitamente em vários canais da UFMG no youtube. Na pesquisa, são inúmeras iniciativas com destaque para os estudos sobre vacinas contra a COVID-19.

    A tradição da UFMG nessas atividades permite que seus docentes, servidores, pesquisadores e estudantes, altamente qualificados, respondam rapidamente às demandas apresentadas pela sociedade nessa pandemia, onde a relevância da ciência se tornou evidente. E quando falamos da qualidade da Faculdade de Medicina da UFMG somos embasados por avaliações externas tanto do MEC, como de entidades nacionais sem finalidade lucrativa como SAEME e também de indicadores internacionais que avaliam a produção cientifica.

    Quais as principais dificuldades para a execução dos projetos?

    As dificuldades, em geral, se relacionam ao contexto nacional de redução dos investimentos em educação, saúde e pesquisa.

    A sra.  poderia destacar alguns dos  projetos mais relevantes que envolvem diretamente a Faculdade de Medicina?

    Destaco três projetos. O primeiro é a atuação do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), órgão complementar da Faculdade de Medicina da UFMG, que tem como parceiro a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Com toda a sua experiência e excelência em pesquisa, ensino e extensão para apoio diagnóstico, o Núcleo se mobilizou rapidamente para auxiliar no diagnóstico da COVID-19 no estado. Mais de 130 mil testes de RT-PCR do setor público e saúde suplementar já haviam sido realizados pelo Laboratório de Genética do Nupad até a primeira semana de janeiro.
    Outra ação muito relevante é a atuação na testagem de vacinas contra COVID-19, projeto da  Faculdade de Medicina, como centro colaborador da rede internacional COVID-19 (CoVPN). O primeiro produto de avaliação foi a vacina da Johnson & Johnson. Para a pesquisa, centros vinculados à rede CoVPN e J&J recrutaram cerca de 60 mil participantes na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, África do Sul e EUA.  Desse total, cerca de 2 mil participantes ficaram sob a responsabilidade  da UFMG.
    Destaco ainda o projeto TeleCOVID-19, lançado pelo Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh. Trata-se de  uma plataforma digital automática de autoavaliação programada para oferecer um primeiro nível de atendimento ao paciente, classificando-o por prioridade: emergência, urgência, casos moderados ou leves. A iniciativa ajudará a proteger as pessoas, evitando deslocamentos, filas e aglomerações desnecessárias nas unidades de saúde.

    Que lições a pandemia está trazendo para a UFMG, especialmente no que se refere aos cursos de Medicina?

    A pandemia nos ensina a lidar com um cenário de incerteza e sofrimento. Ensina também a exercer nossa criatividade e capacidade de planejamento. Exige flexibilidade e aprendizado de novas práticas com apoio de tecnologias, como a telemedicina. Resgata o valor de medidas e cuidados de biossegurança. Mas, sobretudo, ensina o valor da colaboração e da solidariedade. Precisamos estar juntos para atravessar este momento.

    CONHEÇA ALGUNS PROJETOS ENVOLVENDO A FACULDADE DE MEDICINA E OUTRAS UNIDADES DA UFMG

    Ø  DESENVOLVIMENTO DE IMUNIZANTE NACIONAL – Com o objetivo de agilizar a vacinação no Brasil, universidades brasileiras e institutos de pesquisas também estão na corrida para o desenvolvimento de um imunizante nacional. Hoje, a UFMG tem sete projetos em andamento na corrida pela vacina brasileira contra a COVID-19 : cinco no Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas), parceria estabelecida entre a UFMG, o Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas) e o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), e duas no Instituto de Ciências Biológicas (ICB). São vários os vetores e plataformas usados nas pesquisas, todas em fase pré-clínica: vírus, proteína recombinante, DNA, RNA mensageiro e até os bacilos da tuberculose.

    Ø  NÚCLEO DE AÇÕES E PESQUISA EM APOIO DIAGNÓSTICO (NUPAD) – O Laboratório de Genética do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), órgão complementar da Faculdade de Medicina da UFMG, realizou durante o ano de 2020, mais de 130 mil testes de RT-PCR do setor público e saúde suplementar. Esse é um dos sete laboratórios da UFMG que participam da parceria entre a Universidade, a partir da Pró-Reitoria de Pesquisa, e a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para auxiliar no diagnóstico da COVID-19 no estado.

    Laboratório de Genética do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad)
    Crédito da foto: Comunicação da Faculdade de Medicina UFMG

    Ø  TESTAGEM DE VACINAS CONTRA COVID-19 – Como centro colaborador da rede internacional COVID-19 (CoVPN), a Faculdade de Medicina está avaliando a  vacina da Johnson & Johnson. Para a pesquisa, os centros vinculados à rede CoVPN e J&J recrutaram cerca de 60 mil participantes na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, África do Sul e EUA.  Desse total, cerca de 2 mil participantes ficaram sob a responsabilidade  da Faculdade de Medicina.  O objetivo é testar diferentes produtos com o máximo rigor científico possível para obter resultados imparciais.

    Ø  PARCERIA PARA PRODUÇÃO DE VACINAS NO ESTADO – UFMG, governo de Minas e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) fizeram importante parceria para produção de vacinas no Estado. Assinado em 4 de fevereiro,  o acordo deve acelerar o desenvolvimento de imunizante contra a COVID-19 na universidade e viabilizar novas pesquisas em longo prazo.

    Ø  TELECOVID-19 – O Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh lançou um chatbot para orientar e informar o cidadão com dúvidas relacionadas à COVID-19 e avaliar o seu estado de saúde. Trata-se do TeleCOVID-19, uma plataforma digital automática de autoavaliação que foi programada para oferecer um primeiro nível de atendimento ao paciente, classificando-o por prioridade: emergência, urgência, casos moderados ou leves. A iniciativa ajudará a proteger as pessoas, evitando deslocamentos, filas e aglomerações desnecessárias nas unidades de saúde.

    Ø  COMUNICAÇÃO DE QUALIDADE – Durante a pandemia, A UFMG lançou vários projetos com o objetivo de informar a população e atingir os diferentes públicos  veiculados pelas mídias sociais da Universidade e veículos de comunicação.  Dentro do projeto “Adote sua vizinhança” é destaque o  podcast “Xô Corona” , com 24 episódios lançados e divulgados em  estações de rádio de Minas Gerais e São Paulo. Visando estimular a vacinação contra a COVID-19, as redes sociais da Universidade publicam pílulas em vídeo em que pesquisadores falam da história das vacinas, da segurança dos produtos e da importância da imunização coletiva, entre outros aspectos.  O Boletim Matinal, veiculado nas redes sociais,  também é outro produto. Todos os dias, dados sobre COVID-19 são difundidos junto à indicação de artigos e informações de credibilidade.

    Ø  CALCULADORA DE RISCO PARA A COVID-19 – Sistema, desenvolvido por pesquisadores da UFMG valida escores prognósticos para doença grave e mortalidade em pacientes acometidos pelo vírus, com base em dados clínicos, laboratoriais e exames de imagem, auxiliando profissionais que atuam na linha de frente a identificar precocemente pacientes com maior risco de morte.

    Ø  ADOTE SUA VIZINHANÇA EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS – Alunos dos cursos de Medicina e Enfermagem da UFMG fazem uma ponte com gestores de seus municípios de origem para promover boas práticas em saúde durante a pandemia.

    Projeto Adote sua Vizinhança em tempos de coronavírus 
    Crédito da foto: Comunicação da Faculdade de Medicina UFMG

    Ø  COOPERAÇÃO COM MOÇAMBIQUE – Em cooperação internacional,  foram capacitados estudantes de Medicina de seis faculdades de Moçambique para trabalhar em linha direta com a população.

    Capacitação de estudantes em Moçambique
    Crédito da foto: Comunicação da Faculdade de Medicina UFMG

    Ø  SAÚDE MENTAL DE PROFISSIONAIS – Projeto da Faculdade de Medicina da UFMG, proposto pela Associação Brasileira de Neuropsiquiatria (ABNP) e parceiros, conta com mais de 700 voluntários para serviços como consultas médicas; psicoterapia individual breve de apoio; terapia de grupos; atendimentos individuais e educação em saúde; orientação em assistência social e em enfermagem.

    Ø  CURSO DE MANEJO CLÍNICO NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA – Desenvolvido pelo Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon) da Faculdade de Medicina da UFMG, em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), o curso “Manejo Clínico da COVID-19 Na Atenção Especializada”,  já ultrapassa 50 mil inscrições.

    Ø  SEQUELAS NEUROPSIQUIÁTRICAS – Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG busca analisar se os pacientes de COVID-19 podem ter sequelas neurológicas e psiquiátricas após a infecção.

    Ø  DOR, DEPRESSÃO E ANSIEDADE – Pesquisa da Faculdade de Medicina, em parceria com Hospital das Clínicas (HC) e outros hospitais, investiga possíveis seqüelas emocionais da COVID-19.

    Ø  IMPACTO NA SAÚDE MENTAL DE  CRIANÇAS E ADOLESCENTES – Estudo da Faculdade de Medicina da UFMG busca compreender as mudanças de rotina das crianças e adolescentes do Brasil durante a pandemia de COVID-19 e os impactos em relação à saúde mental dessa população.

    Ø  APP: COVID-19: VOCÊ SABIA? Em parceria com a Escola de Design e Arquitetura da UFMG, foi desenvolvido um aplicativo voltado para o público adolescente e jovem. No quiz, perguntas sobre uso de máscaras, distanciamento e autocuidado testam os conhecimentos e informam sobre a prevenção ao vírus.

    Ø  IMPACTOS DO ISOLAMENTO ENTRE CASAIS  – Com a implementação do isolamento social em função da pandemia de COVID-19, diversos aspectos da vida cotidiana foram afetados. Um grupo de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular (PPGMM) da Faculdade de Medicina da UFMG voltou seu olhar para questionar de que forma a pandemia e o isolamento têm afetado os relacionamentos amorosos.

    Ø  POPULAÇÃO LGBTQI – Em pesquisa nacional com a população LGBTQI, realizada pela  Faculdade de Medicina da UFMG, em parceria com UFRJ, 36% dos participantes do estudo relataram episódios semanais de discriminação, sendo que 11% ocorreram dentro de serviços de saúde ou por profissionais de saúde.

    Ø  TÉCNICA POOL TESTING – Estudantes dos internatos de Medicina foram convidados  a participar de pesquisa para avaliar a incidência de infecção ativa pelo Sars-CoV-2 e a acurácia da técnica pool testing.Esse é um subprojeto da pesquisa “Avaliação do diagnóstico da COVID-19 em pacientes com síndromes gripais” atendidos nos centros especializados de COVID-19 em Belo Horizonte e acompanhados por telemonitoramento. O objetivo principal é avaliar a incidência de infecção ativa pelo SARS-CoV-2, usando a técnica pool testing, com amostra de swab nasofaringeo (RT-PCR).