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Publicado em: 22 de abril / 2022.
O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais – Sinmed-MG, em parceria com a Federação Médica Brasileira – FMB sediou, nos dias 21 e 22 de abril, o Simpósio A Carreira e o Piso Nacional do Médico. Mais de 60 representantes de várias entidades, autoridades médicas e acadêmicos do país estiveram presentes e participaram efetivamente dos debates e temas primordiais que norteiam as discussões da carreira médica.
Fernando Luiz de Mendonça diretor de Relações Acadêmicas do Sinmed-MG e vice-presidente da FMB abriu o Simpósio e deu as boas-vindas aos participantes e falou da importância de debater o piso nacional do médico e a carreira médica com seriedade.
Além da Carreira e o Piso Nacional do Médico, outros assuntos referentes à carreira médica foram debatidos, como, por exemplo, a falta de preparo e desafios enfrentados pelo movimento médico e o crescente números de faculdades de medicina no país. Artur Oliveira Mendes, diretor de Pesquisa e Projeto do Sinmed-MG fez uma breve apresentação a respeito da história da formação médica e apresentou como se deu a precariedade das relações de trabalho do profissional médico. Que passa obrigatoriamente pela falta de preparo do médico para enfrentar o mercado de trabalho e o enfraquecimento do movimento sindical após a alteração na legislação trabalhista. “É preciso reconhecer vínculos e inadequalidade de contratos e colocar todos em sua responsabilidade nesse processo.” E destaca, ao frisar que o Brasil hoje tem mais de 350 faculdades de Medicina.
Jordani Campos Machado, presidente do Simed-MG, destacou a importância do encontro e da garantia de um plano de carreira para a classe médica. “Estamos desenvolvendo junto com a Federação Médica Brasileira e sindicatos de todo o país, o salário mínimo nacional para o médico. Que é garantido pela lei, pela constituição, estamos garantindo um plano de carreira para os médicos de maneira geral. Para que o médico possa se assegurar, para onde ele for terá seu emprego garantido com dignidade, para trabalhar com o salário que justifique a manutenção onde ele estiver trabalhando”.
Os acadêmicos de medicina foram representados por Carolina Tolentino, presidente da Sociedade Acadêmica de Medicina de Minas Gerais – SAMMG – e relatou o quanto o encontro abre a visão para o futuro no desenvolvimento da carreia. “É de suma importância um evento como este. Porque abre a mente, nossa visão. Na faculdade não temos contato com essa vivência para discutir sobre nossa profissão. Estratégias que podem ser abordadas para que a gente melhore nossas condições de trabalho, mas nem sempre temos essa experiência. É uma honra participar desse encontro”, disse.
Tadeu Calheiros, presidente da Federação Médica Brasileira – FMB reforçou como a união das entidades fortalece a categoria. “Estamos colocando aqui, numa mesma sala, unidos em prol da causa da saúde, da causa dos médicos representados pela FMB, sindicatos dos médicos de todo o Brasil. Temos: Conselho Federal de Medicina, representantes de cooperativas, representantes dos estudantes de medicina; junto com o Ministério da Saúde discutindo o piso ou salário mínimo profissional e a construção de carreira do estado. Todos convergindo no mesmo sentido, trazendo uma união das entidades médicas com aproximação ao Ministério da Saúde, para que possamos tirar do campo das ideias e do papel e passar para uma ação prática, mudando a realidade da saúde brasileira”.
O evento teve transmissão ao vivo via YouTube no canal oficial do Sinmed-MG. Ao final foi produzida a Carta de Belo Horizonte que será assinada pelas entidades médicas que define a luta dos médicos pelo salário mínimo profissional e carreira médica.