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    Sindicato dos Médicos de Minas Gerais notifica prefeitura de Belo Horizonte pedindo mais médicos e melhores condições de trabalho

    Publicado em 17/01/2022

    Médicos estafados, doentes, sobrecarregados, angustiados, mal remunerados. Enfrentando, a cada dia, um novo desafio imposto por essa pandemia que não vai embora! Em todos os momentos, o Sinmed-MG manteve-se firme e ao lado dos médicos. Foram muitas as ações e um novo passo acaba de ser dado pela entidade na última sexta-feira, dia 14 de janeiro, com a entrega de uma notificação extrajudicial à  Secretaria Municipal de Saúde, na pessoa do seu representante, Jackson Machado Pinto; e à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, na pessoa  de Fernanda Neves, subsecretária de Gestão de Pessoas.

    No documento, o sindicato relata que desde o final de dezembro/2021 o município de Belo Horizonte e o estado de Minas Gerais vêm passando por uma epidemia do vírus influenza h3n2, além da pandemia da COVID-19: “Consequentemente, a população acometida por quadros patológicos respiratórios estão buscando os serviços de urgência e emergência da capital, sobrecarregando o sistema de saúde”.

    O documento lembra que, o próprio secretário de Saúde, no dia 21 de dezembro, relatou a falta de 636 médicos na rede municipal.

    O aumento da demanda por atendimentos por patologias respiratória no mês de dezembro/2021, com 59.656 (quase o dobro do mês de novembro, com 36.601) ocasionou a sobrecarga do sistema.  O atendimento nas UPAs cresceu exponencialmente, sobrecarregando e precarizando o trabalho médico, muitos profissionais foram alvo de violência verbal, física e psicológica. Como medida para  reduzir o tempo de espera dos pacientes nas UPAs, a secretaria municipal de saúde determinou a ampliação do tempo de atendimento nas Unidades Básicas nas nove regionais. Com horário ampliado, de 1 a 4 de janeiro foram atendidas 2.426 pessoas, de acordo com notícia divulgada no site da prefeitura. Recentemente foi anunciado o retorno da teleconsulta para os casos de patologias respiratórias, como mais uma medida a solucionar a sobrecarga no sistema de saúde.

    Entretanto, mesmo com as medidas anunciadas, o aumento dos casos respiratórios decorrentes da epidemia de gripe e da pandemia da COVID-19 evidencia a defasagem de profissionais médicos na rede pública municipal, sendo o cenário atual catastrófico para os médicos servidores do município, posto que já trabalham sobrecarregados há quase dois anos.Muitos estão trabalhando com a jornada estendida para atender a necessidade da comunidade, sem gozar férias ou folgas há meses.

    Diante da situação, o sindicato requer na referida notificação a convocação de todos os médicos aprovados no último concurso público; a melhoria na remuneração dos profissionais médicos, ao menos o reajuste dos vencimentos considerando a perda inflacionária dos últimos anos e que sejam contratados mais profissionais para atender a demanda decorrente da epidemia de gripe e pandemia de Covid-19. Ao final, pede que seja apresentada uma resposta às reivindicações no prazo de 72 horas.