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    35 anos do SUS: o que temos a comemorar?

    19 de setembro/2025

    Neste dia, em que o maior sistema público, gratuito e universal do mundo, responsável por garantir acesso integral à saúde a mais de 200 milhões de brasileiros, comemora 35 anos de existência, o sentimento que predomina é de tristeza e temor.

    Coincidindo com essa data, Dra. Maggy Lopes da Costa, médica da Família e Comunidade da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que atuava no SUS há décadas, faleceu após agravamento de sua saúde em momentos de tensão, violência psicológica e assédio que sofreu nos últimos dias.

    Nao há o que se comemorar hoje em meio a indignação, tristeza e insegurança dos profissionais médicos e de outros da área da Saúde que vivem o dia a dia pressionados e massacrados pela falta de segurança nas unidades de saúde.

    O SUS foi criado pela Lei 8.080/1990 para dar acesso à saúde como um direito universal, gratuito e integral para milhões de brasileiros, representando um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde do mundo mas sua realidade tem sido difícil.
    Reconhecemos e vivenciamos os desafios enfrentados ao longo dessas mais de três décadas, como o subfinanciamento crônico, a falta de infraestrutura adequada e as dificuldades na valorização e nas condições de trabalho dos profissionais de saúde, com destaque para os médicos. E nos últimos anos, principalmente pelo elevado índice de violência física, psicologia e assédios no ambiente de trabalho aos que atuam no Sistema.

    Os profissionais de saúde sobrecarregados, mal remunerados e sem condições adequadas de trabalho protagonizam o alarmente espetáculo da desvalorização do SUS.

    Soma-se a isso a necessidade de fortalecer a participação social e a transparência, pilares da criação do SUS, mas que ainda encontram barreiras na prática cotidiana.

    Em meio a crises sanitárias, emergências climáticas e novos cenários epidemiológicos, torna-se urgente tornar o SUS mais resiliente, inovador e sustentável. Isso passa pelo financiamento adequado, pela gestão mais eficiente, pela modernização tecnológica e pela valorização daqueles que o constroem cotidianamente. Já se faz atrasado em 35 anos o compromisso político de garantir o direito constitucional à saúde.

    O futuro do SUS dependerá da capacidade de enfrentar esses obstáculos e de seguir como patrimônio nacional, símbolo de cidadania e justiça social.
    Queremos um SUS digno para todos! Queremos gestores que cuidem de nossos profissionais! Queremos respeito e dignidade!