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Publicado em 7 de abril/2021.
Na manhã desta quarta-feira, 8 de abril, o presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Fernando Mendonça, e o secretário-geral, Jordani Machado, participaram de ato simbólico em frente à UPA de Venda Nova, para protestar contra o caos nas Unidades de Pronto Atendimento de Belo Horizonte, onde usuários e trabalhadores sofrem com as mortes e situação de catástrofe. Os sentimentos são de desespero, desvalorização e revolta.
O protesto contou com a participação dos profissionais da saúde que seguraram cartazes e balões pretos como forma de mostrar que o caos está instalado nas UPAs.
Durante o ato público, o presidente do Sinmed-MG, Fernando Mendonça, destacou a importância do sindicato unir forças ao Sindibel nesse protesto, visto que o caos já se instalou nas UPAs.
“Esse é um momento de reflexão e urgência pois o índice da Covid precisa cair pois tem trazido grandes preocupações para as entidades médicas. “Nós, enquanto profissionais da saúde, temos a responsabilidade de cuidar da população mas destaco que essa missão é também dos gestores que precisam tomar iniciativas urgentes para salvar a população e os trabalhadores”, destaca.
Fernando Mendonça ressaltou também a importância do papel das UPAS no município de Belo Horizonte: “aqui todos os pacientes estão tendo assistência médica mas a unidade de pronto atendimento tem que ser apenas o ponto de passagem dos pacientes graves e não servirem como abrigo de leitos de CTI improvisados”.
Ao final do ato, o presidente do Sinmed-MG reforçou que a entidade não se furtará jamais de seu papel atuante em defesa dos profissionais e falou das iniciativas que o sindicato tem tomado, como a ação judicial pedindo a vacinação urgente de todos os trabalhadores da saúde. E faz um apelo: “precisamos que a população continue se cuidando e tomando todas as medidas preventivas para que possamos sair desse caos”.
O secretário-geral do Sinmed-MG, Jordani Machado, também reforçou a luta dos profissionais da saúde neste momento crítico da pandemia. “Vivemos tempos difíceis e a exaustão faz parte da rotina de todos que atuam nas UPAs. Todos são heróis pois fazem uma força-tarefa de todos para atender essa demanda tão elevada, mesmo sem ter condições de dar a melhor assistência à saúde dos pacientes”.
Lembrando a situação caótica
Desde janeiro, o Sinmed-MG tem agido incansavelmente – por meio de reuniões, notas conjuntas com as entidades médica, chamadas na imprensa em busca da imunização total dos profissionais médicos (sejam eles servidores públicos ou atuantes na saúde complementar e suplementar), como para os acadêmicos de medicina que estão trabalhando nos postos ou UPAs da capital.
A gravidade da pandemia e o caos nas UPAS tem sido manchete da imprensa mineira todos os dias e o Sinmed-MG tem falado diariamente sobre a situação, alertando que não se pode cruzar os braços; é essencial medidas rigorosas para a fase de recuperação do equilíbrio na saúde pública. As unidades de saúde estão com a capacidade de atendimentos esgotada, faltam profissionais e insumos, além da sobrecarga de trabalho que traz estresse e revolta aos profissionais da saúde.
Tudo isso está gerando um outro sério problema: constantes ameaças, violências física e psicológica por parte dos pacientes e familiares que ficam muitas horas esperando por um atendimento. E a culpa é de quem? Certamente não é do profissional da saúde que está dando seu sangue para cuidar da saúde da população.