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    Entrevista com Jordani Machado: ” Gestão democrática, participativa, com independência e intercooperação”

    Publicado em 8 de julho/2021

    Acompanhe a primeira entrevista do novo presidente do Sindicato dos Médicos Gestão 2019/2025, ortopedista e médico legista, Jordani Machado. Seu lema: fazer das dificuldades, oportunidades.

    07/05/2021 – Sinmed – Diretoria e colaboradores

    O que o levou a assumir a  presidência do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais Gestão  2021/2025?
    Comecei a participar ativamente do Sinmed-MG por volta de 1995 quando ingressei por concurso público na PBH como médico ortopedista. Percebi à época que deveria participar das reuniões de reivindicações que a instituição fazia e tenho certeza de que conquistamos muitos benefícios para nossas demandas.

    Posteriormente, fui delegado do Sinmed-MG pela UPA Norte. Na primeira gestão do dr.  Fernando Mendonça assumi a diretoria de Comunicação e, na segunda, o posto de secretário-geral, quando tive oportunidade de aprofundar mais nas causas sindicais e ver como somos importantes para a categoria médica. Transitei por todas as diretorias ativamente,  passando por suas reuniões e pautas.

    Sobre assumir a presidência na Gestão 2021/2025, meu nome foi escolhido por consenso no nosso grupo de diretores. Sei das dificuldades e desafios para nossa gestão e entendo que estar à frente como presidente será um constante aprendizado.

    Como foi o processo de escolha dos membros da chapa “Juntos somos mais fortes”?
    Quando fui indicado para presidente da instituição comecei a procura por colegas médicos empenhados nos processos sindicais e de representação em todas as entidades médicas, escolha feita com base em seus currículos e vínculos de trabalho para aumentar nossa representatividade e permeio nos veículos médicos.
    Pessoalmente fiz contato com todos e, após conversas, fomos indicando as diretorias que assumiriam. Contei, também, com o auxílio da indicação de outros diretores,  que continuaram em nossa chapa. Fizemos um processo democrático com escuta dos que estavam envolvidos. Sempre procuramos pares para deliberações,  inclusive na constituição da chapa.

    O que o sr. espera dos novos diretores?
    A diretoria teve uma renovação de 34% de seus membros. Os novos diretores sabem do trabalho árduo, muitas vezes sem reconhecimento da categoria, mas entram com vontade de executar sua função com esmero e dedicação para elevar nosso conceito e resolutividade sindical.

    Espero que cada diretor, durante seu ciclo conosco, conheça, compreenda e compre a causa Sinmed-MG; que seja firme com os fatos e cordiais com as pessoas;  que perceba seus erros e acertos em busca de mudança e inovação;  seja proativo e fique de olho em princípios, crenças e valores.

    Quais o sr. considera serão os maiores desafios da sua gestão e como pretende superá-los?
    Após a reforma sindical os recursos se tornaram escassos. Precisaremos potencializar e otimizar nossas atividades com crescimento, eficiência, ampliação de serviços, qualificação da assistência aos sindicalizados, inovação, diálogo, valorização do associado. Precisamos aumentar o número de médicos filiados com um trabalho bem feito. Acredito que estamos no caminho certo poism enquanto muitos sindicatos faliram, o Sinmed-MG continua atuante e presente na vida do médico.

    Cada presidente imprime uma identidade própria à sua gestão. Qual será a sua?
    A ideia é construir oportunidades e tomar decisões coletivas. Vamos desenvolver adaptação assertiva nas respostas aos desafios do momento de recursos escassos e de pandemia. Nossa identidade será voltada à união das entidades médicas e melhoria dessas relações interinstitucionais. Conto com os médicos para fortalecimento e crescimento do Sinmed-MG. A força do coletivo é essencial principalmente nas crises. Em nossa gestão aumentaremos a interação entre sindicato e acadêmicos de medicina.
    Pretendemos uma gestão horizontal e participativa, aberta ao diálogo, incentivando todos os diretores e filiados a se posicionarem e expressarem sua opinião na tomada de decisões. Queremos ser referência nas questões atinentes à defesa profissional. Pretendemos incrementar a presença do sindicato junto às instancias do Poder Legislativo.

    O sr. pretende fazer alguma mudança na estrutura interna do sindicato?
    Sim, faremos modificações no organograma de colaboradores para dar maior e melhor atendimento aos nossos associados, aumentando a empatia e comunicação com nossos parceiros; pretendemos manter processos presenciais e à distância (on-line), tendências que se fizeram úteis nos tempos de pandemia e trouxeram eficiência, agilidade e economia.

    Já existe algum projeto de lançamento de novos serviços?
    Sim, desde a eleição da chapa iniciamos um processo de transição já negociando novas parcerias. Logo que assumirmos será lançado um novo portfólio de serviços, visando agregar valores às contribuições feitas pelos filiados.


    Qual sua avaliação sobre o papel dos sindicatos hoje para o trabalhador médico?
    Os sindicatos sempre foram importantes nas causas médicas e de outras categorias. Vemos uma constante necessidade de melhorar nossa reputação que é um de nossos principais ativos mesmo como valor intangível. Nossa equipe de diretores e colaboradores irá mostrar dia a dia para que viemos e nos destacaremos nas representações sindicais (comissões, mesas, conselhos, câmaras técnicas) de todos os níveis (municipais, estaduais e federais) dentro de nossa abrangência.

    Que ações estão sendo pensadas para manter e atrair novos filiados, condição fundamental para a sobrevivência de qualquer sindicato?

    A filiação é vital para sustentabilidade da instituição. Teremos filiação efetiva e crescente com a entrega de nossos produtos e manutenção de nossa reputação. Nosso foco é nosso filiado. É necessário aumentar a confiança e a credibilidade da instituição, precisamos lançar novos produtos e parcerias, inovar em processos e atividades.

    Quais os seus planos em relação à aproximação com as outras entidades e a importância dessa união?
    A parceria interinstitucional é fundamental em Minas Gerais e nos destaca em relação a outros estados. Relacionamento sadio e estável é a melhor forma de garantir os direitos e conquistas dos médicos. Além de outras entidades é necessário ampliar o relacionamento com a sociedade, com o setor suplementar e público de saúde. Pensando na mercantilização da profissão médica a união aqui será fundamental para conseguir dignidade da classe médica.

    Qual sua avaliação do cenário da saúde no país, em Minas e em Belo Horizonte nos dias de hoje?
    Vivemos momentos de grande dedicação da classe médica e de pouco reconhecimento em todos os níveis da gestão. Retiram direitos e condições de trabalho quando o médico mais precisa e quando mais está empenhado em executar seu trabalho com excelência. Atravessamos uma precarização cada vez maior dos vínculos de trabalho, de aviltamento dos honorários e salários, de congelamentos e falta de insumos. Teremos uma tarefa árdua.

    Sua gestão se inicia em meio a uma pandemia, que não sabemos quando dará tréguas.  De que forma esse cenário pode alterar os planos da nova diretoria? Quais foram as lições aprendidas até agora que poderão ser uma referência na gestão 2021/2025?
    Vivemos mudanças e quebra de paradigmas na pandemia, transformamos e alteramos processos que devem ser mantidos. Sabemos que para “juntos sermos mais fortes” será necessária dedicação diária, aumentando nossa visibilidade e sustentabilidade. Faremos uma gestão democrática e participativa, com autonomia, independência e intercooperação com interesse em nossa comunidade médica. Faremos das dificuldades oportunidades.