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    Entrevista: Integrantes da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Belo Horizonte falam sobre o papel do legislativo durante a pandemia e a atuação dos sindicatos

    Publicado em 4 de março/2021.

    Com a pandemia da COVID-19, mais do que nunca a sociedade espera do Poder Legislativo ações efetivas no campo da saúde.  Nesta edição, trazemos depoimentos do presidente, Célio Frois, e dos  vereadores José Ferreira, Bim da Ambulância , Claúdio do Mundo Nov, e Leo Burguês, membros  da Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara Municipal de Belo Horizonte sobre o tema.  Os vereadores também falam sobre a relação com os sindicatos nesse contexto.

    Como membro da Comissão de Saúde e Saneamento, como o Sr vê as perspectivas da saúde em Belo Horizonte diante do cenário da pandemia? E o papel dos sindicatos na luta por uma melhor assistência e valorização dos profissionais da saúde?

     CÉLIO FROIS (CIDADANIA) – PRESIDENTE:

    “A Comissão de Saúde tem uma participação de extrema importância no enfrentamento à COVID-19. As reuniões estarão abertas ao diálogo com as autoridades sanitárias da PBH, bem como com todos os segmentos da sociedade, no sentido de realizar estudo conjunto, visando encontrar soluções passíveis no enfrentamento à pandemia. Facilitar o diálogo e fazer uma interlocução com o poder executivo será uma das ações da Comissão de Saúde.

    A 19ª legislatura trouxe uma melhoria no nível  e na qualidade dos debates dentro da casa. Dentro de todos os parlamentos temos pluralidade de opiniões, mas  estou otimista e acredito que teremos maior facilidade para discutirmos pautas importantes  e relevantes para a saúde de BH.

    Sobre os sindicatos, considero a atuação do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais de fundamental importância na defesa dos interesses da classe médica, na construção de políticas públicas de interesse social e coletivo, além de ser um instrumento de fiscalização e defesa do ato médico, dos direitos e garantias individuais em Saúde. Entidade de extrema importância na defesa dos princípios e diretrizes do SUS, na adoção de políticas e ações de promoção, prevenção e atenção à Saúde.

    Pretendemos criar um canal permanente de diálogo com toda a classe médica para discutirmos, não só a criação de políticas, mas também a valorização e a defesa do trabalho médico. Queremos ser esse elo entre a sociedade civil organizada com o Poder Legislativo e abrir as portas para que as entidades médicas tenham em nosso mandato uma legítima representação na casa e, para isso, contaremos muito com o Sindicato dos Médicos em todas as ações ligadas à saúde. Trabalharemos no sentido de unir nossas forças com as entidades médicas, para que possamos tornar nossos movimentos harmoniosos e sinérgicos”.

    JOSÉ FERREIRA- VICE PRESIDENTE (PROGRESSISTA):

    “Noto que apesar da situação caótica enfrentada mundialmente, o município tem se posicionado de maneira firme diante do nosso cenário atual. Vejo também que há barreiras para serem enfrentadas e que devemos encontrar o equilíbrio para que as atividades sejam retomadas.
    As pessoas que mais estiveram na linha de frente de atuação contra a COVID-19 são os profissionais da saúde, que verdadeiramente honraram o juramento que fizeram e não se intimidaram diante das circunstâncias.
    A luta pela valorização dos profissionais de saúde deve ser contínua, ainda mais por considerarmos que é um serviço essencial e de alto nível de risco. Como já dito, mas vale ressaltar, que a atuação destemida desses profissionais fez com que a ação contra a COVID-19 pudesse ser feita de forma ímpar”.

    BIM DA AMBULÂNCIA (PSD):

     “Vejo de forma promissora a perspectiva da saúde. Não só com a questão da pandemia, mas em todos os compromissos da saúde, a gestão do Prefeito Alexandre Kalil  tem  sido muito positiva e  objetiva. Vejo que isso tudo se dá pela transparência  e também pela própria sensibilidade do prefeito em respeitar  o  secretário de Saúde, Jackson Machado. Como secretário e entendedor do tema, cabe a ele liderar e estabelecer as diretrizes,  uma vez que o prisma da saúde tem que ser tratado separadamente das partes administrativas da própria gestão pública como um todo. O olhar da saúde vai muito além das finanças. Também vejo  a possibilidade de um avanço,  uma vez que,  agora, com o caos e transtorno gerado pela pandemia como um todo, conseguimos sensibilizar e mobilizar mais a população.

    Já nas questões dos sindicatos, considero o seu papel na luta por melhorias na assistência e valorização dos profissionais como um todo de suma importância e relevância. Cabe a eles serem os interlocutores, a voz, das demandas. Categorias tão amplas como a dos médicos e dos enfermeiros necessitam do seu representante legal, até mesmo para que não se perca o foco. Reconheço a importância dos sindicatos e a necessidade de fortalecimento dos mesmos.

    CLAÚDIO  DO MUNDO NOVO – PSD:

    “A importância dos profissionais de saúde sempre foi clara. Com a pandemia ficou ainda mais latente quanto são essenciais para a nossa sociedade. A luta do sindicato por valorização desses profissionais não é uma luta apenas por direitos dos mesmos, mas uma luta que reflete em benefício para toda a sociedade. É fundamental na defesa dos interesses da classe médica. Sem profissionais de saúde não conseguiríamos salvar vidas e nem poderíamos imaginar enfrentar essa pandemia.

    Sempre atuei junto aos hospitais filantrópicos e acompanhei de perto as várias dificuldades enfrentadas. A saúde em Belo Horizonte, diante do cenário da pandemia, deve ser tratada com prioridade, Devemos estudar formas mais eficazes  de atendimento à população, equipar hospitais, postos de saúde, valorizar os hospitais filantrópicos que tanto ajudam a nossa população, humanizar os atendimentos, estruturar uma logística eficaz de operação, gerenciar recursos e insumos  que são importantíssimos para a nossa sociedade hoje, bem como focar na proteção  e bem-estar dos profissionais de saúde que cuidam da vida dos cidadãos de Belo Horizonte. São essas as prioridades a meu ver. São tempos difíceis e serão ainda mais. Para superá-los precisamos estar unidos.

    A minha preocupação, como vereador, é promover o diálogo entre os setores, entre os poderes Executivo, Legislativo para que possamos fazer uma política pública de saúde capaz de atender a população de Belo Horizonte com maior eficácia e eficiência”.

    LEO BURGUÊS – PSL:

    Há um ano o triste cenário de pandemia nos impôs uma nova realidade e forma de vida. O sistema de saúde em Belo Horizonte foi totalmente adequado a essa nova realidade. Para situações relacionadas à COVID-19, nossas unidades de saúde disponibilizam atendimento virtual, como os ofertados pela rede privada e a capacidade de atendimento geral foi amplamente reforçada. A boa administração das verbas públicas durante o ano de 2020 permitiu a gestão eficiente do sistema de saúde municipal.

     Recebemos, no último dia 24 de fevereiro, na Comissão de Saúde e Saneamento, o secretário Jackson Machado Pinto, para a prestação de contas do 3º quadrimestre de 2020. Como exemplo do impacto causado pela pandemia, dos R$4.141.560.000,00 investidos durante todo o ano em saúde pela PBH, R$606 milhões foram gastos diretamente no enfrentamento à COVID, entre abril e dezembro de 2020.

    Até aqui, Belo Horizonte cumpriu com excelência sua missão e as perspectivas são de que esse desempenho continue no mesmo nível. Estamos preparados para a vacinação e aguardamos que o Ministério da Saúde possa resolver o mais rápido possível as questões que envolvem o fornecimento das doses de vacina necessárias para garantir a imunização de todos nós. Dentre os vários investimentos feitos, destacamos a contratação de 2.015 novos profissionais de saúde, para recomposição, incremento de equipes e ampliação temporária de jornada.

    Lembrando e agradecendo  a todos os profissionais de saúde envolvidos nessa batalha, aproveito para destacar o importante papel dos sindicatos na luta por uma melhor assistência pelos nossos sistemas de saúde, seja público ou privado, assim como seu inegável papel na valorização dos profissionais da saúde. Como homem público, sempre defenderei a necessidade de escuta das representações sindicais e garantia de sua participação nas políticas públicas de forma geral”.