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    Médicos coordenadores de UTI’s de Belo Horizonte divulgam NOVO boletim mostrando situação preocupante na capital mineira

    17 de dezembro/2020——- Com o objetivo de alertar a população e ajudar na divulgação, o Sinmed-MG publica abaixo os principais destaques da evolução da ocupação de leitos de terapia intensiva para pacientes COVID em Belo Horizonte, entre 9 e 16 de dezembro de 2020, de acordo com o levantamento semanal do Grupo Colaborativo de Coordenadores de UTIs de Belo Horizonte:

    ↗️ Pela quinta semana consecutiva, há um aumento muito preocupante no número de pacientes internados em terapia intensiva por COVID-19 em Belo Horizonte. Nesta semana, o aumento foi de 338 para 375 pacientes internados em UTI (mais 37 ou 11%) e de 238 para 260 pacientes em ventilação mecânica (mais 22 ou 9%). São cinco semanas de um aumento médio de 36 leitos a cada 7 dias, insustentável dentro da atual estrutura de terapia intensiva instalada (estrutura, leitos, equipamentos, medicamentos e insumos, e equipes profissionais).

    ↗️ Já é grande o estresse para conseguir uma vaga de terapia intensiva para paciente com caso crítico de COVID em Belo Horizonte nesse momento, pois as poucas vagas restantes precisam atender não só os casos das salas de emergências e UPAs mas também são reserva para os pacientes internados em enfermarias, baseado em um cálculo estatístico de sua probabilidade de precisar de terapia intensiva naquele dia.  Além disso, vários hospitais estão com 100% de ocupação de leitos de UTI para COVID. Algumas vagas de leitos privados atendem diferentes tipos de seguros de saúde e algumas atendem apenas pacientes particulares.

     ↗️ O processo de transferência de blocos de leitos de terapia intensiva de outras doenças críticas para funcionar como isolados exclusivos para COVID apresenta maior dificuldade agora que no primeiro pico. Isto acontece porque a demanda de pessoas esperando leitos de UTI é 5 ou mais vezes maior hoje para pacientes com outras doenças críticas do que para COVID.

    Assim, essa conversão de leitos de UTI geral para UTI COVID certamente implicará em aumento de mortalidade para essas outras doenças, o que torna a decisão bem difícil. 

    Outro fator novo que pressiona as vagas é que alguns desses leitos de UTI geral estão ocupados por pacientes que internaram por COVID e não precisam mais de isolamento (não são mais infectantes) mas ainda não podem ter alta da UTI. 

    Também a dificuldade de manter equipes completas e conseguir aumentar o número de leitos está maior por causa do adoecimento dos profissionais.

    É importante lembrar que quem se infectar hoje, se precisar de terapia intensiva ou de ventilação mecânica (cerca de 5% dos casos podem precisar), isso vai acontecer em média daqui a 12 dias, quando a situação das vagas deve estar ainda pior que hoje.

    Então, voltamos a fazer um apelo aos que continuam negando ou relativizando a importância das medidas preventivas capazes de reverter esse quadro: por favor, passem a adotar todas estas medidas com muito empenho para se proteger e evitar que alguém de sua família enfrente um drama hospitalar ou mesmo uma tragédia nesses próximos meses, quando ja estamos bem mais perto de uma saída pela vacinação adequada da população.

    Não existem dúvidas científicas de que as medidas capazes de controlar as exacerbações da pandemia são: evitar sair de casa, não se envolver em aglomerações (inclusive de comemorações familiares ou restrita a amigos), usar máscara corretamente, guardar distância de dois metros das demais pessoas e higienizar as mãos sempre que tocar superfícies ou objetos potencialmente contaminados. Nenhuma dessas medidas isoladamente consegue evitar a doença, mas juntas tornam bem menor a probabilidade de se infectar ou transmitir a doença.

    Grupo Colaborativo de Coordenadores de UTIs de Belo Horizonte