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    MÉDICOS DE VARGINHA RELATAM FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO, DESRESPEITO DA GESTÃO COM A CATEGORIA E GANHAM APOIO DE VEREADORES DURANTE TRIBUNA LIVRE

    Sinmed-MG e médicos aguardam reunião com a Prefeitura

    No final da tarde de segunda-feira, 10 de fevereiro, os médicos que trabalham na Prefeitura de Varginha participaram da tribuna livre, na Câmara Municipal. A reunião foi uma solicitação da categoria para expor aos vereadores a situação caótica na qual estão trabalhando, com falta de condições de trabalho, desconto de falta injustificadas e o desrespeito com esses profissionais.

    O médico, delegado sindical do Sinmed-MG e presidente da Associação Médica de Varginha, Adrian Nogueira Bueno, explicou que “por vários mandatos, existiu um acordo de flexibilidade de horários, firmado entre o Executivo e a categoria, e que no atual mandato esse foi reforçado com a gestão. “O médico não é diferente de ninguém, temos que bater o ponto, mas a profissão possui uma peculiaridade, que o atraso do profissional ocorre devido a intercorrências que acontecem no atendimento à população. Pode ter um acidente na rodovia e ele está atendendo um parente nosso, ou de vocês. Não trabalhamos para brincar”, afirmou Adrian.

    Ele também relatou que houve descontos indevidos nos salários dos médicos, embora tenham realizado o atendimento normalmente. E descreveu os problemas relacionados à falta de condições de trabalho: não tem exame, a demora na espera para o agendamento de consulta. “ Queremos é um diálogo com a prefeitura, pois  temos a certeza de que a gestão terá a sensibilidade de nos ouvir e garantir um pouco mais de respeito e dignidade para nosso trabalho”, ressalta.

    Outros médicos também presentes na tribuna tiveram voz ativa, como  Mirela Faria Silva que há 16 anos implantou o Projeto Catavento, e disse estar preocupada em manter o atendimento, pois os colegas precisam de condições de trabalho adequadas para que o serviço continue sendo prestado. “No meu holerite houve desconto descrito como falta injustificada, sendo que realizei atendimentos. Isso mancha a nossa ficha, como se fossemos um servidor de má qualidade. Queremos exercer a medicina; a profissão que escolhemos e nos preparamos com muito esforço, porém sem flexibilização é inviável. Não há hora para nascer, nem hora para morrer”.

    O médico Robertson Rodrigues Pereira Júnior também denunciou a falta insumos, materiais e que muitos colegas utilizam de equipamento pessoal para atender os pacientes na rede pública.

    Após a palavra dos médicos, alguns vereadores destacaram a importância de ouvir a categoria e buscar melhorar a situação da saúde pública, que é responsável pela maioria da assistência à população de Varginha.

    Ao final, a presidente da Câmara, vereadora Zilda Maria da Silva, destacou: “Vamos convidar o prefeito para usar a Tribuna. É um dos assuntos mais discutidos nesta Casa. Pedimos recursos para a Saúde de Varginha, para atenção básica. Quanto melhor a qualidade do atendimento no PSF, menos gente na UPA. É uma solução rápida e a população não pode ser penalizada. Precisamos de uma resposta breve, pois vai se tornar uma situação caótica se não resolver logo”.

    Ao final, o presidente da Associação Médica, Adrian Nogueira Bueno agradeceu a “todos que se preocupam com a Saúde de Varginha. Não somos irresponsáveis. Não é do nosso feitio prejudicar a população com a paralisação. Queremos negociar o mais rápido com o Executivo, para a população não ser prejudicada”.

    Sinmed-MG e médicos aguardam resposta de reunião com a gestão

    O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais tem atuado e buscado, junto com a categoria médica, chegar a um acordo com a gestão para viabilizar melhorias para garantir os direitos da categoria quanto melhorar as condições de trabalho.

    Por isso, solicitou agendamento de reunião com a Prefeitura para negociações e aguarda retorno o quanto antes. Lembramos que no dia 19 de fevereiro, os médicos de Varginha realizam uma paralisação de atendimentos, conforme votado em assembleia geral do dia 3, como forma de protesto à morosidade e falta de retorno quanto às melhorias para a saúde e à categoria.

    Fonte:Sinmed-MG