Envio de denunciaPreencha o formulário abaixo para enviar sua denuncia. |
O presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), Jordani Campos Machado, participou, no dia 20 de novembro, no Teatro Feluma, em Belo Horizonte, do 1º encontro da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) com o tema: “Novas perspectivas para segurança nas unidades de saúde”.
O evento promovido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) teve como objetivo debater o atual plano de segurança da saúde, bem como aprofundar na discussão sobre o assunto.
Na ocasião, o presidente do Sinmed-MG compôs a mesa redonda do seminário, além de representantes de outras categorias da saúde e da gestão municipal. Para Jordani Campos Machado, a segurança não depende somente da Guarda Municipal ou dos servidores, mas também da Polícia Militar e Civil. “Nós somos a equipe responsável pela segurança do município, do estado e da Nação e precisamos unir essas forças”, frisa.
“Concordo integralmente com o Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel) sobre o posicionamento em que somente um guarda municipal em cada unidade vai gerar uma falsa sensação de segurança, mas acredito que é melhor tê-lo. Com 35 anos de PBH, lotado em unidades de Urgência (UPAs), sofri todos os tipos de violências e já vi vários colegas passarem pela mesma situação. E não por culpa dos trabalhadores da saúde, mas da gestão”, ressalta.
Segundo ele, os servidores da saúde estão trabalhando sob uma sensação térmica de 50º graus e sofrendo intermação. Além disso, convivem diariamente com a insuficiência de insumos, equipes incompletas e a violência, fatores que causam várias patologias, entre elas o burnout contínuo. Mesmo diante desse cenário, somos uma das capitais com o melhor atendimento no Brasil. Mas, graças aos nossos trabalhadores do SUS.
Ainda conforme o presidente do Sinmed-MG, a segurança começou a ser negada com retirada de porteiros e guardas das unidades. “Assim, as portas foram abertas para a violência. E para ocorrer a justiça restaurativa é preciso que a gestão escute os gritos de socorro da nossa categoria, em especial da saúde,” declara Jordani Campos Machado. O coordenador Administrativo do Sindibel, Israel Arimar Moura, que representa a área de saúde e a Guarda Municipal, disse que cobra respostas sobre a questão da violência na PBH há anos, juntamente com o Sinmed-MG. “Se a Guarda Municipal for colocada nas unidades de saúde sem as condições ideais de trabalho, problemas poderão acontecer. Hoje, existe uma insegurança laboral devido ao número pequeno de profissionais, problemas de infraestrutura e pouco preparação para atuação”, ressalta Moura.
Além de representantes da saúde, o seminário contou com a participação de representantes da gestão, entre eles: o secretário Municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, o secretário Municipal de Segurança Pública, Rodrigo Prates, a diretora Estratégica de Pessoas na SMSA, Dayane Araújo Dias. E de outras autoridades, como: o delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, Domiciano Ferreira Monteiro De Castro Neto; o tenente-coronel da Polícia Militar de Minas Gerais, Leonardo Tagliate Júnior, o comandante da Guarda Municipal da PBH, Júlio Verne; o mestre e doutor em Direito Constitucional pela UFMG, Fernando Gonzaga Jayme e o vereador Bruno Pedralva.
A programação do seminário contemplou a apresentação do Plano de Segurança na saúde; painéis: “Contexto geral sobre o comportamento humano nos últimos anos” e “especificidades da saúde quando o assunto e segurança”, mesa redonda: “O que pode ser feito nas unidades de saúde”?, seguidos de espaço para dúvidas e debates.