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    SINMED-MG PARTICIPA DE REUNIÃO EM DEFESA DO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO GALBA VELOSO E DOS PACIENTES COM CONDIÇÕES RELACIONADAS À SAÚDE MENTAL

    14 de maio—————————

    O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) participou de importante reunião sobre a Saúde Mental no Estado, dia 13 de maio. A reunião foi provocada pela Comissão em Defesa do Hospital Psiquiátrico Galba Veloso (HGV) para expor suas preocupações ao presidente da Fhemig, o médico radiologista Fábio Bacheretti.

    O sindicato foi representado pelo diretor de Mobilizações, Cristiano Maciel. Participou ainda o médico e deputado estadual Jean Freire, que, junto ao deputado Padre João, tem atuado em defesa da assistência aos pacientes que vivem com a condição de sofrimento mental e levado essa discussão para a Assembleia Legislativa.

    O HGV é um dos maiores hospitais de Saúde Mental da América Latina. Tem mais de 100 leitos para internação, além de atendimento de urgência e ambulatórios. Conta com uma equipe multidisciplinar, Residência Médica e não atua como um manicômio, aderindo às práticas mais humanizadas propostas pelo Movimento Antimanicomial.

    A Fhemig anunciou que fechará leitos da psiquiatria do HGV, transferindo os pacientes e profissionais ao Instituto Raul Soares, para abrir leitos de retaguarda para atendimento à COVID-19.

    A preocupação da sociedade é de que haja uma piora da assistência aos pacientes psiquiátricos tanto agora, durante a pandemia, como depois, com a perda desse importante hospital.

    Segundo dados da Comissão, como a população aderiu bem às medidas de isolamento social e ainda não há demanda de leitos de retaguarda para COVID-19, o HGV está deixando de oferecer todo o seu potencial para pacientes da Saúde Mental que continuam com essa demanda, principalmente pelos impactos da pandemia no aumento dos quadros de ansiedade, abuso de álcool e drogas, depressão, descompensação de psicoses, levando até a quadros extremos em que os pacientes praticam violência inimputável, crimes ou até autoextermínio.

    Foi pontuado que Belo Horizonte possui uma rede modelo de Saúde Mental, mas a realidade da RMBH e interior do Estado não é a mesma, detectando-se grande carência, que é suprida historicamente pelo Hospital Galba Veloso.

    A reunião foi muito produtiva e a Fhemig informou que vai manter a estratégia de leitos de retaguarda para COVID, mas vai definir melhor os fluxos do atendimento para aproveitar a estrutura psiquiátrica do HGV. O presidente Fábio Bacheretti assumiu ainda o compromisso público que o HGV não será fechado pós-pandemia, tendo a assistência psiquiátrica retomada e que qualquer mudança na política de saúde mental da Fhemig respeitará diretrizes integradas para todo o Estado e não será realizada sem um amplo debate com a sociedade, Controle Social, Assembleia Legislativa, sindicatos e entidades de saúde.