Publicado em 22 de março/2021.

Entidades destacam a necessidade de abertura do Hospital de Campanha e a possibilidade de abertura dessas unidades 24 horas em prédios da PBH que estão desocupados atualmente.

O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) juntamente com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), reuniram-se na tarde desta segunda-feira, 22 de março, para discutir as propostas anunciadas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para readequação emergencial nos funcionamentos das UPAs e centros de saúde da capital, neste momento caótico da pandemia.

As entidades demonstram preocupação com os possíveis impactos que as medidas anunciadas pela PBH possam trazer para os atendimentos e os profissionais da saúde. Participaram da reunião pelo Sinmed-MG: o secretário-geral, Jordani Machado e os diretores André Christiano dos Santos, Artur Mendes, Samuel Pires e Ariete Araujo juntamente com os representantes do Sindibel; Bruno Pedralva e Hilda Alexandrino.

Na decisão anunciada pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Belo Horizonte terão atendimento prioritário para Covid-19 e em cada uma das nove regionais de Belo Horizonte terá uma unidade de saúde de apoio à UPA, para atendimento a casos que não são Covid.  Além disso,  essas unidades não-Covid vão funcionar 24h por dia na sede de centros de saúde e atender casos de baixa e média complexidade não respiratórios.

A Prefeitura informou que a participação dos profissionais de saúde nos plantões diurnos e noturnos nos CS24h será voluntária e como benefício passarão a receber abono de urgência (e não o prêmio pró-família) no período.

Entidades vão apresentar novas propostas

 O Sinmed-MG e Sindibel preocupam-se com os impactos que possam vir sobre a saúde publica e por isso estão levando novas propostas para apresentar à PBH, com o intuito de contribuir para soluções efetivas, neste momento gravíssimo da pandemia.

Entre  as propostas que estão em discussão destacam-se:
-a necessidade de Lockdown em BH por tempo determinado, conforme já foi divulgado no Manifesto em defesa da vida, enviado aos gestores na última sexta-feira; a abertura do Hospital de Campanha para absorver a demanda elevada; reavaliação por parte da PBH em abrir as unidades em outros prédios que não sejam os atuais Centro de saúde que já estão sobrecarregados com as demandas;   “não desmontar” o centro de saúde  e suas equipes durante o horário diurno; abrir o CS 24h somente para plantões noturnos e contingenciar todos os demais para atendimento exclusivo de pessoas com queixas (suspender eletivos, até reavaliação do quadro).

Essas propostas serão levadas amanhã, terça-feira, dia 23, para a reunião da Câmara Técnica do Conselho Municipal de Saúde .